O desafio de ser bem sucedido no desporto fascina-me... de ser reconhecido e de provar as minhas capacidades.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Técnica

"Sempre que tenho oportunidade, tento acompanhar jogos de vários escalões e divisões distintas de forma anónima, tipo “penetra”, pois acho que se evolui e aprende bastante ao conviver com todas as diferentes realidades.

Num destes dias, enquanto assistia a um jogo de Juvenis, escutei por acaso uma conversa entre dois treinadores, que particularmente me chamou a atenção, pois após um jogador ter efectuado um drible sobre dois adversários, os “misters” automaticamente o qualificaram de “tecnicamente evoluído”, levando-me apensar se seria correcta esta avaliação? Após uma análise, cheguei a uma conclusão, que falarei mais abaixo…

Após continuar a analisar o atleta em questão, verifiquei que o atleta tinha, de facto, uma boa capacidade de condução de bola e de drible, no entanto tinha dificuldades ao nível do passe e da recepção, levando-me a concluir que afinal o atleta era fraco técnicamente, pois apesar de ser forte no drible, faltava-lhe o essencial e fundamental, o passe e a recepção, algo impossível para quem quer jogar Futsal ou para sequer haver um jogo de Futsal.

Então, a conclusão a que chego é que muitas das vezes as pessoas confundem a capacidade técnica com a capacidade de drible, pois para mim, um atleta evoluído tecnicamente é aquele que é forte na recepção de bola e no passe, independentemente de ter ou não capacidade de drible, ao invés do atleta que, parado, faz mil malabarismos com a bola ou finta a equipa toda adversária, mas que não consegue fazer a bola circular e assim jogar em equipa.

No entanto, é obvio que o atleta que tem capacidades “natas” de condução, domínio e drible de bola, tem vantagem “técnica” sobre os outros e até desenvolverá as suas capacidades de passe e recepção de bola mais rapidamente e terá uma maior possibilidade de atingir patamares superiores aos restantes, mas só e apenas se dominarem o “básico” do Futsal, o passe e a recepção de bola, caso contrário, irão para o grupo dos chamados “artistas de circo” que só fazem malabarismos e fintas para a bancada, mas que nunca conseguirão se tornar jogadores de Futsal."

Autor: Pedro Silva
Fonte:
http://www.futsal-coach.blogspot.com/

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O todo deve ser maior que a soma das partes

O talento, a inteligência e o treino são a componente determinante de qualquer modalidade desportiva.

Numa equipa de Futsal, que é o que nos interessa analisar, devemos considerar questões tão vastas como a personalidade, a disponibilidade física e a capacidade atlética, a técnica individual em todas as suas formas de expressão, a leitura e a execução táctica e, sem dúvida, outros aspectos que poderíamos enumerar, ao nível do indivíduo.

Estas nuances individuais ao integrarem-se numa equipa são trabalhadas no treino de forma a conseguir-se a mais elevada expressão competitiva, sendo ela um refexo daquilo que se consiga pela soma e interacção de cada uma: uma identidade e uma filosofia competitiva colectiva própria.

Autor: Venoi

Fonte: www.futsalfeminino.net

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

É PRECISO USAR A CABEÇA... não só para cabecear a bola!

"Um jogador, por muito bom que seja, não é nada sem uma equipa e nada é se não souber usar a cabeça. Um treinador tem competências e responsabilidades que não pode escamotear numa área tão sensível. Ao mais alto nível, cada vez mais se discute a importância de incluir nas equipas técnicas um profissional da área. Alguns clubes já o têm.

(…)

É interessante reflectir na importância da mente no sucesso desportivo e na capacidade de utilizarmos a inteligência na procura desse mesmo sucesso.

"A investigação sobre a inteligência atribui um importante papel ao conhecimento que as pessoas têm de si mesmas e à sensibilidade face a terceiros. Desde logo, torna-se indispensável que a inteligência seja usada para percebermos que as transformações que se verificam actualmente sucedem-se com uma densidade, intensidade e velocidade que atrapalha os espíritos habituados à paragem do tempo e surpreendem entendimentos exilados em espaços desenquadrados da realidade." (Dr. João Montenegro / Vice-Presidente FPF)

Quando digo que considero esta a área onde o futebol mais pode evoluir, sustento essa afirmação numa teoria simples. E esperando que não seja demasiado simples, digo:

- Trabalhar no campo, é relativamente simples, os jogadores executam, obedecem à ordem e a maior parte dos treinadores consegue faze-lo (dar a ordem)


- Mas trabalhar a cabeça dos jogadores não é assim tão simples, ELES PENSAM!...

Quando o trabalho de campo cada vez mais se equipara, onde é que se pode marcar a diferença? Não será na cabeça do jogador e dos jogadores? "


Autor: Fred Skill

Fonte: http://futebolpsicologia.blogspot.com/

domingo, 28 de setembro de 2008

Cooperação vs Competição

"A Cooperação é uma relação de entreajuda entre os atletas, no entanto, por norma o treinador também pretende (e incute) a Competição entre os atletas, o que é contra sensual, visto que a cooperação, de certa forma, se opõe à competição…

Assim sendo, fica a pergunta: Como é possível trabalhar a competição e a cooperação entre atletas da mesma equipa?

É fácil…

O desejo de um atleta em competir com os outros da mesma equipa é no sentido de obter um estatuto mais elevado dentro do grupo, ou seja, demonstrar a sua importância na equipa, quer a nível comportamental, quer na execução correcta do modelo de jogo estabelecido, para que o treinador o considere um exemplo e uma das suas principais opções da EQUIPA. Assim sendo, o treinador terá que utilizar esta competição diária entre os atletas, como o principal catalizador da acção cooperativa, demonstrando que a mesma tem apenas um objectivo comum, a organização colectiva, porque só e apenas com a cooperação entre todos se conseguirá ter sucesso ao competir com outras equipas.

Por isso, o treinador tem que vincar, diariamente, a importância da entreajuda e da cooperação entre os seu atletas, pois por muito bem que um atleta cumpra, atinja os níveis pretendidos e até seja o melhor em tudo, se não ajudar os outros a atingirem o mesmo patamar e enveredar por uma atitude egoísta e individualista, JAMAIS atingirá o sucesso, pois NUNCA ninguém venceu jogos sozinho…

Resumindo, o treinador deve, por isso, fomentar e incutir diariamente aquilo ao que eu chamo de "competição cooperativa", demonstrando que o sentido principal é alcançar objectivos comuns, e que só apenas um terá que sair sempre a ganhar…a EQUIPA! "


Autor: Pedro Silva
Fonte: www.futsal-coach.blogspot.com

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

UMA QUESTÃO DE MOTIVAÇÃO...

"Conseguir treinar uma equipa rumo ao sucesso é cada vez mais um enorme desafio.

Abraçar um nome, apresentar um projecto, criar uma equipa, e fazê-la crescer, não é fácil. É preciso alimentá-la, dar-lhe condições para que evolua e se aperfeiçoe nos tempos previstos e considerados, é preciso que todos se unam em busca do mesmo objectivo.

Os líderes precisam de saber remover os obstáculos que se vão colocando à equipa, liderando com afectividade e com uma das mais importantes ferramentas, que é o diálogo.

Vários são os factores que se colocam como preponderantes para o equilíbrio daqueles que se dirige, mas o grande factor é a motivação e a forma como esta é gerida. Se a motivação é forte e o grupo está unido, então há equipa. A mentalidade forte, que é ganha através da motivação, é transportada para todas as acções e torna as atletas mais fortes em cada dia que passa, em cada treino, em cada jogo.

Numa equipa, as atletas vestem todas a mesma camisola, mas nunca devemos esquecer que por baixo dessas camisolas iguais estão simplesmente pessoas… com pensamentos, crenças e até problemas diferentes. É dentro desta, chamemos-lhe desigualdade, que temos de conseguir encontrar a igualdade, para que as partes se transformem num todo, no todo que é capaz de chorar e rir em conjunto, no todo que é capaz de dar tudo pela causa que defende.
No fim, só podemos estar orgulhosos, porque se todos dividirem o sacrifício, a vitória também será partilhada, onde, tal como nos diz José Carlos Silva (Universidade de Mackenzie) “todos ganham: ganha quem joga, ganha quem está no banco, ganha quem torce…”."



Autores: Bruno Azevedo(Treinador ADERMogege); Estrela Paulo(Treinadora-adjunta ADERMogege)

Fonte: http://www.adermogege.blogspot.com

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

NÍVEIS DE STRESS E DESEMPENHO DESPORTIVO

"A palavra stress pode ser definido como um desequilíbrio substancial entre demanda (física ou psicológica) e capacidade de resposta, sob condições em que a falha em satisfazer àquela demanda tem importantes consequências. Independentemente do nível do atleta, o stress é um dos factores psicológicos mais frequentes no desporto competitivo. Diversos autores referem-no como um dos factores determinantes no desempenho de qualquer modalidade. No geral podemos afirmar que quanto mais importante for o evento, maior gerador de stress ele será. Portanto a disputa da final da Taça Nacional é mais stressante que um jogo normal do Campeonato distrital, mas não sabemos se o tipo de competição é capaz de provocar situação semelhante em todos os atletas. Porque o stress experimentado depende muito mais do valor dado pelo atleta à competição do que a competição propriamente dita. Em 1997 foi realizado um estudo que comparou vários atletas (adultos) de diversas modalidades considerados de maior ou menor sucesso, demonstrou que os atletas de maior sucesso apresentam níveis superiores de autoconfiança e motivação para a competição e geradores de menor stress. Ficou também provado que o stress provocado pela competição depende das características individuais e não do tipo (importância) da competição. A capacidade de manter níveis elevados de desempenho, ainda que em situações de grande pressão pode diferenciar um atleta de sucesso de um atleta comum. Todos nós treinadores e não só já tivemos casos de atletas que não conseguem repetir em competições oficiais o mesmo desempenho dos treinos. É evidente que são os factores psicológicos que influenciam negativamente o seu desempenho, inclusive prejudicando a sua capacidade física e controlo de movimentos. É aceitável que os atletas com melhor desempenho técnico, táctico e físico apresentam uma maior autoconfiança e consequentemente estejam sujeitos a uma menor acção de stress, o que por sua vez facilita o desempenho desportivo, criando assim um sistema de auto alimentação. Sendo assim podemos concluir, que os atletas com melhor desempenho físico, táctico e técnico estarão predispostos a um menor nível de stress, sendo capazes de suportar uma maior pressão competitiva."

Autor: Vera de Bettencourt

Fonte: http://venoifutebolfutsalfeminino.nireblog.com/

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Justiça ≠ Igual

O professor Jorge Araújo lançou um novo livro e quando abordado sobre o mesmo, ele realçou um aspecto muito importante e que me chamou a atenção.
Esta foi a frase que ele disse:


"Não trato os atletas de forma igual, trato todos com justiça, mas não de forma igual!"

Este pequeno aspecto dá que pensar… e então ele passou a explicar:

"Em Portugal, a maioria dos treinadores cometem o erro em dizer que os atletas são todos iguais e que devem ser tratados todos da mesma forma, no entanto, isto é um erro crasso, pois os atletas que se empenham mais, que se preocupam com o bem estar da equipa, dos seus colegas e que cumprem o que é pedido pelo seu técnico têm obviamente que ser tratados de forma diferente dos que não o fazem…
Por isso, sou justo, e trato-os da forma que cada um merece, quem trabalha mais e melhor é logicamente mais beneficiado, e é importante o treinador demarcar perante a equipa essa mesma diferença".

Depois desta justificação o que mais se pode dizer?